10 fatos que você precisa saber sobre o Ébola

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10 fatos que você precisa saber sobre o Ébola
Ébola é uma doença viral aguda que causa febre hemorrágica. É causada por três das cinco espécies dentro do género.

Duas espécies são capazes de infectar seres humanos, mas não parecem causar a doença. Os outros três podem causar graus variáveis de doença.

O vírus Ebola Zaire é a estirpe mais mortal, e tem sido identificada como a causa do surto atual. Em epidemias anteriores, esta estirpe teve uma taxa de mortalidade de 90%.

Dada a gravidade associada a esta condição que tem afetado vários pontos do mundo, conheça aqui 10 fatos curiosos sobre o Ébola.

Origem


A origem do vírus é incerta. Mas alguns especialistas acreditam que os morcegos podem abrigar o vírus no seu trato intestinal. Os primeiros seres humanos infectados e que espalharam a doença provavelmente caçaram e comeram um animal infectado.

Epidemia atual


Este já é considerado o maior surto desde que o vírus foi descoberto há quase 40 anos. O surto foi declarado em março, na Guiné. Desde então, a doença espalhou-se para a Libéria, Serra Leoa e Nigéria e matou 60% dos infectados.

São 1323 pessoas infectadas e 887 mortes, de acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 60 mortes foram de trabalhadores de saúde que procuravam controlar a doença.

Sintomas


Após contágio, o paciente pode demorar até 21 dias antes de manifestar a doença. Os sinais são semelhantes aos da gripe, incluindo dores abdominais, febre, vómitos e diarreia. O quadro agrava-se com a desidratação, insuficiência do fígado e dos rins, e hemorragia.

Transmissão


O vírus é transmitido diretamente pelo contato direto com sangue ou fluidos corporais dos infectados, inclusive dos mortos. O contágio é maior quando os pacientes já estão em estágios terminais, com hemorragia interna e externa, vómitos e diarreia, que contêm altas concentrações do vírus.

Tratamento


Não há remédio específico para a doença. Os sintomas costumam ser tratados separadamente. Por exemplo, o soro intravenoso pode evitar a desidratação, enquanto um antitérmico diminui a febre. Já os analgésicos podem diminuir as dores.

Aqueles que têm a doença identificada e recebem tratamento mais cedo têm mais chances de sobreviver à infecção. Infelizmente, como os sintomas são genéricos e parecidos com de outras doenças, o diagnóstico pode demorar.

Fronteiras fechadas


Guiné, Libéria e Serra Leoa anunciaram na sexta-feira que vão colocar em quarentena a região fronteiriça comum, onde surgiu o último surto do vírus Ébola. O anúncio foi feito durante uma reunião de emergência para discutir a epidemia e depois da OMS alertar que o Ébola pode provocar uma perda catastrófica de vidas e prejuízos económicos, caso a epidemia não seja controlada.

Epidemia global


O risco do vírus ser disseminado da África para a Europa, Ásia ou para as Américas é extremamente baixo, de acordo com especialistas em doenças infecciosas. O professor belga Peter Piot, um dos descobridores do vírus Ébola, descartou uma epidemia fora do continente africano.

Mesmo que um portador do Ébola viaje até à Europa, Estados Unidos ou outra região de África, o cientista não acredita que isto possa causar uma epidemia importante, pois a infecção requer um contato muito próximo.

Vacina experimental


Pesquisadores americanos planeiam testar, em breve, uma vacina experimental contra o Ébola. Se for bem sucedida, poderá imunizar até 2015 trabalhadores de saúde, que estão na linha de fogo da epidemia. No próximo mês, começarão os testes em humanos da vacina.

Não há mercado para a vacina


Até agora não se conseguiu convencer as companhias farmacêuticas a investir numa vacina contra o Ébola. Andrea Marzi e Heinz Feldmann, do instituto de virologia NIAID, disseram num artigo publicado em abril que, com surtos esporádicos que costumam afetar um pequeno número de pessoas em África, não existe um mercado comercial para uma vacina contra a doença.

Medicação


Herve Raoul, especialista em patógenos e pesquisador do Instituto Médico Francês de Saúde, disse à AFP que o ideal é desenvolver um antiviral que ajude os doentes a superar a fase mais aguda da doença. No entanto, esse tipo de medicação ainda não existe na atualidade.

Atualmente, os especialistas só podem aconselhar medidas preventivas, como isolar os infectados, tomar precauções para evitar o contato com fluidos corporais e enterrar os mortos com rapidez de forma a conter a epidemia. [info]

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