Mineral raro encontrado em cratera de impacto de meteorito

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Mineral raro encontrado em cratera de impacto de meteorito

Ao escavar uma antiga cratera de impacto de meteorito, pesquisadores descobriram um mineral raro somente encontrado em três outros lugares.


O mineral, chamado reidite, é uma forma densa (polimorfa) do zircão, sendo produzido quando este é submetido a pressões muito elevadas.

Embora os pesquisadores possam formar este mineral em laboratório, a sua criação natural é escassa. A descoberta foi feita em Rock Elm, uma estrutura de impacto com 6,5 quilômetros de diâmetro localizada no oeste de Wisconsin, nos EUA.

A cratera foi datado como sendo do período Ordoviciano Médio, que se estende de 450 a 470 milhões de anos atrás, tornando-se a mais antiga reidite conhecida.


Tem sido proposto que, durante este período, uma enorme chuva de meteoros ocorreu como resultado de dois asteróides colossais, com pelo menos 100 km de diâmetro, que embateram um no outro entre Marte e Júpiter.

O evento lançou uma enorme nuvem de fragmentos de rochas menores que demoraram alguns milhões de anos para chegar à Terra, e alguns ainda estão atualmente a chegar ao nosso planeta.

Embora a reidite tenha sido encontrada em três outras crateras de impacto este é o último lugar onde os cientistas esperavam encontrar o mineral. "Ninguém em sã consciência teria procurado por reidite em arenito", disse Aaron Cavosie, um dos pesquisadores envolvidos.

O zircão transforma-se em reidite quando os meteoritos batem no chão, porque as ondas de choque do impacto causam um aumento dramático da temperatura e da pressão no local.

As altas pressões fazem com que os blocos de construção do mineral se reorganizem, tornando-se firmemente reagrupados. O mineral resultante é semelhante em composição a zircão, mas cerca de 10% mais denso.

A reidite pode também ser formada sob alta pressão em experiências de laboratório. Na verdade, a reidite só era conhecida a partir de amostras feitas em laboratório cerca de 30 anos antes de ser descoberto pela primeira vez na natureza em 2001.

Uma vez que são necessárias pressões entre 30 e 53 gigapascais para transformar um zircão em reidite, a sua presença em Rock Elm significa que o impacto de um meteorito resultou em pressões muito mais elevadas do que se acreditava anteriormente.

Estimativas anteriores com base na presença de quartzo impactado sugeriam que a pressão resultante provavelmente não excedeu os 10 gigapascais. [iflscience]
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