Nova técnica ajuda a encontrar consciência em coma

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Nova técnica ajuda a encontrar consciência em coma

Alguns pacientes que estão em coma podem ter consciência do que os envolve, embora não possam comunicar, mas agora, os cientistas descobriram uma nova forma de identificar esses pacientes.


A consciência é um dos fenômenos mais misteriosos. Os cientistas ainda não sabem exatamente como a atividade cerebral dá origem à consciência, mas eles têm sido capazes de encontrar algumas diferenças entre um cérebro consciente e um inconsciente.

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Tal visão pode ajudar os pesquisadores a desenvolver testes para a minoria de pacientes comatosos que podem estar "conscientes", mas que são incapazes de demonstrá-lo.

Em uma nova tentativa de resolver esta questão, os pesquisadores analisaram 32 pacientes em coma e 26 pessoas saudáveis. Alguns dos pacientes comatosos foram diagnosticados como "minimamente conscientes".

Isso significa que havia alguma evidência de que eles poderiam ter alguma consciência do mundo envolvente. Por exemplo, o paciente pode seguir comandos simples, como apertar um dedo.

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Mas outros foram diagnosticados como estando em estado vegetativo, o que significa que se pensa que eles perderam toda a consciência, mesmo que ainda fossem capazes de respirar por conta própria ou até de abrir os olhos.

Os pesquisadores examinaram as ondas cerebrais dos participantes usando eletroencefalografia (EEG) e aplicaram ferramentas matemáticas nos dados de EEG para encontrar padrões de comunicação entre as regiões cerebrais.

Os pesquisadores então compararam esses padrões nos cérebros dos pacientes comatosos com os das pessoas saudáveis. Como esperado, os padrões de atividade cerebral nos cérebros dos pacientes comatosos eram diferentes dos de os participantes saudáveis.

Os cérebros conscientes saudáveis mostraram "redes ricamente ricas e diversificadas", que estavam faltando nos cérebros dos pacientes comatosos, disseram os pesquisadores.

No entanto, alguns pacientes comatosos que se pensava estarem completamente vegetativo mostraram, na verdade, alguns padrões semelhantes aos de pessoas saudáveis.

Estes pacientes haviam sugeridos ter algum nível de consciência em experimentos de imagem cerebral anteriores, apesar do diagnóstico de estado vegetativo.

Por exemplo, embora os pacientes não realizassem quaisquer movimentos físicos em resposta a comandos, as imagens do cérebro mostraram que quando eles foram instruídos imaginar fazer uma atividade física, como jogar tênis, a área do cérebro responsável por controlar o movimento, se iluminou.

"Alguns pacientes vegetativos que mostram sinais de consciência oculta tem redes notavelmente bem preservadas e semelhantes a adultos saudáveis", escreveram os pesquisadores.

Além disso, os pesquisadores descobriram que a atividade cerebral de pacientes minimamente conscientes estava ligada com a forma como eles eram responsivos.

Os pacientes que eram mais responsivos tinham atividade cerebral que era mais semelhante ao de pessoas saudáveis, de acordo com o estudo, que foi publicado a 16 de outubro na revista PLoS Computational Biology.

As novas descobertas podem ajudar os médicos a identificar pacientes "vegetativos" que realmente têm alguma consciência, assim como melhorar a sua avaliação clínica, disseram os pesquisadores.

No entanto, os pesquisadores observaram ainda que é necessário mais trabalho antes que as suas novas descobertas possam ser aplicadas aos pacientes e serem usadas como uma ferramenta confiável para guiar o atendimento clínico. [Livescience]
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