Forma rara de autismo pode beneficiar de suplemento nutricional

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Pessoas que têm uma forma muito rara de autismo podem beneficiar do tratamento com um suplemento nutricional comum, sugere um novo estudo. Os resultados mostram que algumas pessoas que têm sintomas de  autismo e epilepsia têm uma mutação genética rara que faz com que tenham níveis anormalmente baixos de nutrientes essenciais, chamados cadeias ramificadas de aminoácidos (BCAAs).

Quando os pesquisadores alimentaram ratos com uma dieta enriquecida com BCAAs, que foram geneticamente modificados para ter a mesma mutação genética, a dieta inverteu completamente os sintomas, disseram os pesquisadores. Os ratos que não receberam dieta enriquecida mostraram os sintomas da epilepsia e os restantes problemas neurológicos.

No entanto, não está claro se os resultados se irão traduzir para as pessoas. Dado a mutação ser tão rara, os pesquisadores ainda não estudaram os efeitos da adição de suplementos de BCAA na dieta de pessoas com esta forma particular de autismo e é possível que uma mudança na dieta só pode ser benéfica se começar cedo na vida.

Ainda assim, os resultados sugerem que pode haver outras formas de autismo com causas genéticas que podem ser tratados, acredita o pesquisador do estudo Gaia Novarino, da Universidade da Califórnia, EUA. O estudo foi publicado na revista Science.

De forma mais concreta, os pesquisadores analisaram informações genéticas de indivíduos em três famílias de ascendência turca, egípcia ou líbia, nas quais havia crianças com autismo, deficiência intelectual, e  convulsões ou atividade anormal das ondas cerebrais. 

As famílias tinham consanguinidade, ou seja, os pais estavam intimamente ligados pelo sangue (crianças de indivíduos aparentados são conhecidas por terem um risco aumentado de doenças genéticas).

Seis crianças apresentavam mutações num gene chamado BCKDK. Em contraste, nenhuma das 200 pessoas saudáveis ​​testadas para o estudo tinham a mutação. O resultado desta mutação é a de que o corpo consome BCAAs mais rapidamente que o normal. 

Na verdade, as crianças do estudo com a mutação tinham níveis abaixo do normal de BCAA. Os seus níveis de BCAA podem ser aumentados sem efeitos nocivos, fornecendo-lhes suplementos de BCAA comprados numa loja de alimentos saudáveis, dizem os pesquisadores.


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