Alzheimer confunde a memória de como as coisas funcionam

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http://www.ciencia-online.net/2013/01/alzheimer-confunde-memoria-de-como-as.html
O que é maior, uma chave ou uma formiga? Essa questão pode ser fácil para você responder rapidamente, mas poderia ser um pouco mais confusa para uma pessoa com Alzheimer.

A característica mais evidente da demência é a perda de memória, com os pacientes a esquecer familiares, lugares e experiências. Uma nova pesquisa mostra como essa deterioração mental se estende à memória semântica, que tem mais a ver com os fatos e conceitos, estando subjacente a um entendimento básico de como funcionam as coisas.

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 70 pessoas cognitivamente saudáveis, 27 pacientes com Alzheimer e 25 pacientes com défice cognitivo ligeiro (DCL), muitas vezes considerado um precursor para a demência. Todos foram testados quanto à sua capacidade de fazer julgamentos de tamanho relativamente a duas imagens mostradas - a premissa sendo que quanto maior a diferença de tamanho entre os dois objetos, mais rapidamente uma pessoa seria capaz de responder à pergunta.

Os pacientes com DCL e Alzheimer tiveram muitos mais problemas quando solicitados a responder a uma tarefa com diferenças pequenas. A experiência foi então ajustada para que os participantes distinguissem entre uma pequena formiga e uma casa grande ou uma formiga grande e uma pequena casa. Os pacientes com DCL e Alzheimer não tiveram problemas a fazer julgamentos sobre a formiga pequena e a grande casa, mas tiveram problemas com o conjunto mais incongruente. 

Eles estavam confusos sobre qual objeto era realmente maior quando aparece uma formiga grande e uma pequena casa, e eram mais propensos a responder incorretamente ou a demorar mais tempo para chegar a uma resposta, disseram os pesquisadores. Para os pesquisadores, os resultados indicam "que algo está a abrandar o paciente e não é a memória episódica, mas a memória semântica".

A equipa vai continuar a estudar estes pacientes ao longo do tempo para ver se esses problemas semânticos pioram à medida que a doença avança. A pesquisa foi detalhada em dezembro no American Journal of Psychiatry.
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