Com que órgãos se pode viver mesmo não os tendo?

O recém-eleito Papa Francisco I teve parte do pulmão retirado quando era adolescente, de acordo com o Vaticano, mas não deve ser um problema de saúde significativo para ele agora, dizem os especialistas.

O pontífice, de 76 anos, teve parte do seu pulmão removido para tratar uma infecção que teve há cerca de 4 décadas atrás, segundo a NBC News. Naquele tempo, era comum no tratamento de infecções, como a tuberculose, porque os antibióticos não eram amplamente utilizados.

As pessoas podem sobreviver mesmo se um pulmão inteiro for removido. Quando um pulmão é removido, o pulmão remanescente infla para ocupar algum do espaço extra. Viver com um pulmão não costuma afetar as tarefas diárias ou a expectativa de vida, embora uma pessoa com um pulmão não seja capaz de executar esforços árduos como uma pessoa saudável, com dois pulmões, disse Len Horovitz, pneumologista no Hospital Lenox Hill, em Nova York.

Embora você provavelmente gostaria de manter todos os seus órgãos, aqui estão outros com que você poderia continuar a viver mesmo não os tendo:

Rim: Como você provavelmente sabe, os seres humanos têm dois rins, mas só precisam de um para sobreviver. As pessoas podem nascer com apenas um rim, ou remover um após lesão ou doação. Em geral, as pessoas com um rim tem poucos problemas de saúde ou nenhuns, e têm uma expectativa de vida normal, de acordo com a National Kidney Foundation. Tecnicamente, as pessoas podem até viver sem rins, mas necessitam de diálise.

Baço: O baço filtra o sangue e ajuda o corpo a combater infecções, mas não é essencial para a sobrevivência. O baço pode ser removido quando, por exemplo, está danificado. No entanto, pessoas sem baço são mais propensas a infecções.

Órgãos reprodutivos: As mulheres podem ter o seu útero removido ou fazer uma histerectomia como tratamento para o cancro, miomas uterinos, dor pélvica crónica, entre outras razões. Os homens podem ter que remover os seus testículos como tratamento para o cancro do testículo.

Estômago: O estômago inteiro é removido, por vezes, como um tratamento para o cancro do estômago, um procedimento chamado gastrectomia total. Neste procedimento, o intestino delgado é ligado ao esófago. As pessoas que fizeram uma gastrectomia total recebem nutrientes através de uma veia por algumas semanas, enquanto se recuperam. Depois disso, são capazes de comer a maioria dos alimentos, mas em menor quantidade, e tomar suplementos dietéticos se tiverem problemas na absorção de vitaminas.

Cólon: As pessoas podem ter o seu cólon removido como uma maneira de tratar o cancro do cólon, a doença de Crohn, ou em alguns casos, para evitar o cancro do cólon. As pessoas podem viver sem um cólon, mas podem precisar de usar uma bolsa fora do corpo para recolher fezes. No entanto, um procedimento cirúrgico pode ser realizado para criar uma bolsa no intestino delgado, que ocupa o lugar do cólon, e, neste caso, usar um saco não é necessário.

Apêndice: O apêndice é um órgão pequeno, em forma de tubo que se projeta a partir da primeira parte do intestino grosso. Não é clara a sua função, mas pode ser removido se inflamar ou tiver rupturas.