Conclave Papal: Como funciona?

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http://www.ciencia-online.net/2013/03/conclave-papal-como-funciona.html
O Conclave de Cardeais, onde decorre a eleição altamente secreta do novo Papa, está marcada para começar hoje, 12 de março, na Capela Sistina, anunciaram na passada sexta-feira funcionários do Vaticano.

Apenas os cardeais com menos de 80 anos de idade no momento da demissão oficial do Papa Bento XVI serão elegíveis para votar no 266º Papa da Igreja Católica Romana.

Em termos gerais, 115 "príncipes da Igreja" (nome dado aos cardeais) de chapéu vermelho, vão entrar na Capela Sistina na tarde de terça-feira depois de celebrar um "Pro eligendo Pontifice Romano", uma missa pré-conclave na Basílica de São Pedro, da parte da manhã.

Uma vez na capela, eles vão jurar, sob os frescos de Michelangelo, não revelar detalhes do conclave. Eles serão impedidos de contatar o mundo exterior até que o novo pontífice seja eleito. No caso improvável de um cardeal desobedecer ao juramento de segredo, ele será excomungado, de acordo com um dos últimos editais assinados pelo Papa Bento antes da sua renúncia abrupta.

Fumo irá provavelmente saír da chaminé do Vaticano esta noite, sendo que fumo preto indica que ainda não foi escolhido um novo Papa e fumo branco indica que pelo menos dois terços dos cardeais concordam na escolha do novo Papa, significando que foi escolhido. Até quatro votações são realizadas todos os dias. Se nenhum candidato recebe os necessários dois terços dos votos, no terceiro dia será feita uma pausa de um dia para a oração.

De acordo com o jornal La Repubblica, o cardeal Angelo Scola, arcebispo de 71 anos de idade de Milão, Itália, já ganhou o apoio de cerca de 40 cardeais, sendo mais da metade do caminho para alcançar os 77 necessários para a maioria dos dois terços necessária no conclave.

Não é a primeira vez que o cardeal italiano aparece como um candidato papal. Num vazamento de documentos do Vaticano, publicados no ano passado pelo jornal italiano Il Fatto Quotidiano, ficou-se a saber que Bento XVI trabalhou secretamente na sua sucessão, tendo escolhido Scola como o próximo Papa.

Visto como um outsider pela Cúria Romana (a administração auxiliar do Papa), Scola é apoiado por um grupo de cardeais que se refere a ele como "riformisti" ou reformistas, que incluem o cardeal austríaco Christoph Schönborn e os cardeais americanos Timothy Dolan e Sean O'Malley. De igual forma, ambos os cardeais americanos são considerados papáveis e fortes candidatos para o trono papal.

A ala mais conservadora da igreja - a chamada "Festa Romana", liderado por Angelo Sodano, Decano do Colégio dos Cardeais e o camareiro Tarcisio Bertone - gira em torno do Cardeal Odilo Scherer do Brasil, do Cardeal Leonardo Sandri, da Argentina ou de Malcolm Ranjith, Cardeal de Colombo, Sri Lanka.

Mas analistas do Vaticano advertem que, se os grupos conservadores e reformadores bloquearem-se uns aos outros, com nenhum dos candidatos sugeridos rapidamente a atingir a maioria dos dois terços necessária, um candidato surpresa poderá emergir. Na verdade, as previsões poderiam ser totalmente descartadas, como aconteceu a 16 de outubro de 1978, quando o nome de Karol Wojtyla foi anunciado para a multidão na Praça de São Pedro.

Enquanto isso, casas de apostas também fazem apostas sobre o nome que o novo Papa irá escolher. Pedro encabeça a lista, embora nenhum pontífice tenha usado o nome de Pedro II, em sinal de respeito para o primeiro Papa. Pedro é seguido por Pio e João Paulo - outra escolha arriscada pela comparação a João Paulo "O Grande".

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