Quando colecionar se transforma em doença (com vídeo)

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http://www.ciencia-online.net/2013/05/quando-colecionar-se-transforma-em.html


Talvez as pilhas de jornais, aparelhos quase a funcionar, ou velhas bonecas Barbie começassem como parte de uma inofensiva, senão excêntrica, coleção. Ou talvez sejam itens de uma lânguida lista de coisas a fazer. Mas, com a desordem, as simples coleções podem tornar-se patológicas.

Até ao lançamento do novo manual da saúde mental, a quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), na quarta-feira 22 de maio, a acumulação era considerada parte do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). 

Mas na mais recente versão do manual a compulsão excessiva para recolher coisas sem valor passou a ter o seu próprio diagnóstico. As pessoas com o que agora é conhecido como Transtorno de Acumulação guardam itens, porque eles temem vir a precisar deles em algum momento no futuro. 

Eles também podem sentir-se excessivamente ligados a, ou supervalorizam o valor dessas posses. Considerando que as coleções normais contêm itens com valor, aquelas acumuladas em termos patológicos são, num sentido objetivo, lixo, disse Robin Rosenberg, psicóloga clínica e co-autora do livro de psicologia "Abnormal Psychology" (Worth Publishers, 2009). 



Ao contrário de um colecionador, uma pessoa com transtorno de acumulação não impõe nenhum limite a si mesmo. "Um colecionador, em teoria, irá vender ou abater uma coleção quando não tiver espaço suficiente para todos os objetos", disse Rosenberg. "Uma pessoa com transtorno de acumulação vai encher a sala, literalmente até à borda".

Isso pode ser perigoso. Pilhas e pilhas de papéis velhos podem criar um risco de incêndio e perigo de vida potencial para a pessoa e para os outros. O lixo acumulado também cria um habitat perfeito para insetos e outras pragas. 

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