Bactéria desconhecida é descoberta em salas limpas de espaçonaves

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Bactéria desconhecida é descoberta em salas limpas de espaçonaves
Cientistas descobriram um novo micróbio que – ao que se sabe – pode ser encontrado em apenas dois lugares da Terra. 

O primeiro: uma sala limpa de uma nave espacial na Guiana. O segundo: uma sala limpa de uma nave espacial na Flórida, a cerca de 2500 quilómetros de distância.

A descoberta é certamente surpreendente, mas talvez não pelo motivo que você supõe. Quartos limpos – onde as agências espaciais como a NASA e a ESA preparam as naves espaciais antes do lançamento – são, certamente, os lugares mais estéreis da Terra e, portanto, parecem um lugar pouco provável para encontrar novas formas de vida.

E, ainda assim, vale a pena mencionar que esta não é a primeira vez que os cientistas descobrem um micróbio em tal ambiente limpo. De fato, em 2007, apesar do esforço dos cientistas para destruir os micróbios com calor intenso, limpeza química e radiação UV, amostras coletadas a partir de três diferentes salas limpas da NASA mostraram cerca de 100 tipos diferentes de bactérias, cerca de metade das quais eram totalmente novas para a ciência.

O ponto é: mesmo nos lugares mais limpos, a vida microbiana encontra uma maneira de existir. Mas o que torna Tersicoccus phoenicis especial não é o facto de poder ser encontrado em salas limpas de naves espaciais e em nenhum outro lugar, e sim o fato de a mesma bactéria poder desenvolver-se em salas diferentes e geograficamente distintas.

Os cientistas determinaram que T. phoenicis partilha menos de 95% de sua sequência genética com o seu parente bacteriano mais próximo. Esse fato, combinado com a composição molecular única de sua parede celular e outras propriedades, foi o suficiente para classificar o Tersicoccus phoenicis como um novo género. Os pesquisadores não têm certeza ainda se a bactéria vive apenas em salas limpas, mas uma coisa é clara: ela nunca foi detectada noutro lugar. 

"Queremos ter uma melhor compreensão destes micróbios, porque os recursos que usam para sobreviver em salas limpas pode também fazê-los sobreviver numa nave espacial", disse o microbiologista Parag Vaishampayan, autor principal do artigo que descreve o micróbio. [io9]

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