Estudantes arriscam problemas cerebrais ao usar drogas inteligentes

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Estudantes arriscam problemas cerebrais ao usar drogas inteligentes
Muitos estudantes abusam de medicamentos, na esperança de aumentar os seus níveis de atenção, de memória ou de energia.

Mas tomar esses medicamentos pode causar prejuízos a longo prazo na função cerebral, sugerem estudos recentes em animais.

As drogas inteligentes que podem melhorar o desempenho do cérebro a curto prazo parecem ter efeitos duradouros sobre o desenvolvimento do cérebro.

De fato, pesquisas mostram que o seu uso torna o cérebro menos adaptável à multitarefa, ao planeamento com antecedência e à organização, dizem os pesquisadores.

Os cérebros humanos continuar a desenvolver-se aos 20 e 30 anos, particularmente o córtex pré-frontal, uma área envolvida no planeamento e na tomada de decisão de uma pessoa, afirma Wen-Jun Gao, neurocientista da Universidade de Drexel.

Drogas que aumentam o poder do cérebro podem aumentar a libertação de substâncias químicas do cérebro, como a dopamina, o que pode melhorar a memória, a aprendizagem e a motivação a curto prazo.

Mas, como com qualquer outra coisa, "se for demais, não é bom", diz Gao, co-autor de um artigo que resume a pesquisa sobre os efeitos a longo prazo de drogas que aumentam as capacidades cerebrais, divulgado a 13 de maio na revista Frontiers in Systems Neuroscience.

Drogas 'inteligentes'


A droga mais popular para melhorar o desempenho mental é o metilfenidato, mais comumente conhecido como Ritalina ou Concerta, que é prescrito para tratar pessoas com transtorno de défice de atenção e hiperatividade (TDAH).

Estudos em ratos jovens têm mostrado que mesmo doses baixas de metilfenidato podem afetar o cérebro em desenvolvimento, prejudicando a atividade nervosa, a memória de trabalho e a capacidade de alternar entre as tarefas.

Outras drogas para melhorar cerebrais populares incluem modafinil, vendido como Provigil, uma droga usada para tratar pessoas com narcolepsia e outros distúrbios do sono, bem como para o estado de alerta em pilotos da Força Aérea dos EUA.

Modafinil pode aumentar a memória, atenção e capacidade numérica, e pensasse também que aumenta os níveis de dopamina nas sinapses entre as células cerebrais. Mas a droga pode ter efeitos a longo prazo semelhante ao metilfenidato, sugere a pesquisa.

O Exército dos EUA está actualmente a investigar uma outra classe de medicamentos chamados ampaquinas, para aumentar o estado de alerta dos soldados. As drogas ligam-se a receptores no sistema nervoso para impulsionar sinais nervosos e fortalecer as conexões neurais.

Descobriu-se que as ampaquinas parecem melhorar a memória e a cognição em voluntários humanos saudáveis ​​e de igual forma nos ratos, mas poderia representar uma ameaça para os jovens cérebros ainda em desenvolvimento.

O abuso desses medicamentos pode estimular o sistema nervoso central de forma excessiva, prejudicando, ou até mesmo matando, as células, afirmam os pesquisadores. Ainda assim, é necessário muito mais pesquisas sobre os efeitos das drogas inteligentes, afirma Gao. [Livescience]

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