Harvard tem um livro encadernado em pele humana

0
Harvard tem um livro encadernado em pele humana
Harvard anunciou recentemente um fato um tanto inquietante sobre um dos livros da sua coleção, afirmando ser encadernado em pele humana.

Houghton Library, o repositório da universidade para livros raros e manuscritos, confirmou na quarta-feira (4 de junho) esse fato.

A sua cópia de "Des Destinées de l'ame", de Arsène Houssaye, aparentemente é encadernada em pele humana, afirma o universidade.

A descoberta não foi totalmente chocante para os conservadores e cientistas de Harvard, que estavam a par de uma nota estranha deixada dentro do livro do seu proprietário original, Ludovic Bouland.

Um amigo de Bouland era médico e bibliófilo tendo recebido o livro como presente, em meados da década de 1880 e, de acordo com a nota que ele deixou, começou a encaderná-lo com a pele do corpo não reclamado de um doente mental do género feminino que morreu de AVC.

Apesar desta pista bastante simples, os cientistas de Harvard somente agora confirmaram que a bizarra escolha de material por Bouland não era uma farsa. Usando vários métodos diferentes, os pesquisadores concluíram com 99 por cento de certeza que a encadernação é de origem humana.

Esta descoberta marca a primeira vez que se determina claramente que um dos livros raros de Harvard estava encadernado em pele humana. Dois outros volumes que se acreditava partilhar essa distinção estranha já foram testados, tendo-se verificado que foram encondernados em algo menos controverso - pele de carneiro.

Mas, como um post no blog da Biblioteca de Houghton, em Harvard explica, a prática de livros encadernados em pele humana não é tão incomum como possa parecer. O nome dessa prática ultrapassada é encadernação antropodérmica e teve origem no século 16.

De acordo com o autor do blog, Heather Cole, um curador assistente de livros e manuscritos modernos na biblioteca Houghton - a partir de 1500, as confissões de criminosos eram ocasionalmente encadernadas com a pele do condenado.

Os corpos de criminosos executados também eram doados à ciência, observa o autor, e as peles distribuídas aos encadernadores. Mas talvez o mais notável para bibliomaníacos de hoje, parece que também pedir para ser imortalizado em forma de livro, na verdade, era considerado normal. [Livescience]
Temas

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)