Aromaterapia prolongada pode prejudicar o coração

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Aromaterapia pode aumentar a pressão arterial e os batimentos cardíacos, se usado por muito tempo.
Aromaterapia, que envolve inalação dos vapores de óleos essenciais, pode ser benéfico por períodos curtos, mas pode prejudicar o coração, se feito por muito tempo, sugere um novo estudo de Taiwan.

No estudo, 100 trabalhadores de spa em Taipé sentaram-se numa sala e respiraram os vapores de óleo de bergamota - um extrato concentrado cítrico - por duas horas, enquanto os pesquisadores mediram a sua pressão arterial e frequência cardíaca, bem como o nível de compostos orgânicos voláteis (COV) no ar. Os COV são substâncias, incluindo os óleos essenciais, que evaporam facilmente à temperatura ambiente.

Durante a primeira hora, a pressão arterial e a frequência cardíaca  dos trabalhadores caiu. Após 45 minutos, a média sistólica da pressão arterial caiu 2,10 mmHg, e a frequência cardíaca caiu 2,21 batimentos por minuto. Este achado está de acordo com algumas pesquisas anteriores que mostraram que os óleos essenciais aliviam o stress.

No entanto, depois de 120 minutos, os investigadores viram o efeito oposto. A pressão arterial sistólica não só voltou ao nível de base, como subiu cerca de 2,19 mmHg, e a frequência cardíaca foi 1,70 batimentos por minuto mais elevada do que no início. "Estes resultados sugerem que a exposição excessiva ao óleo essencial pode ser prejudicial para a saúde cardiovascular", escreveram os pesquisadores na edição de 29 de novembro do European Journal of Preventive Cardiology.

Estudos prévios ligaram os COV com um risco aumentado de asma, assim como com a morte por doenças cardiovasculares. A inalação destes compostos podem aumentar a inflamação no corpo, e alterar o funcionamento do sistema nervoso, o que poderia, então, afetar a saúde do coração, disseram os pesquisadores.

No entanto, mais estudos são necessários para confirmar os novos resultados. Enquanto a pressão arterial e a frequência cardíaca são marcadores de doença cardiovascular, não é claro se pequenas flutuações de curto prazo dessas medidas podem levar a problemas cardíacos, disseram os pesquisadores. Além disso, porque os investigadores mediram os níveis totais de COV, outros compostos no ar, além daqueles a partir do vapor de óleo em si podem ter influência nos resultados.
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