Crianças pré-escolares com TDAH são frequentemente tratadas incorretamente

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http://www.ciencia-online.net/2013/05/criancas-pre-escolares-com-tdah-sao.html
Os médicos geralmente não seguem as diretrizes para o tratamento de crianças muito jovens com o transtorno de défice de atenção e hiperatividade (TDAH), sugere um novo estudo.

No estudo, cerca de 90% dos médicos inquiridos não aderiam estritamente às novas diretrizes recomendadas para o tratamento de crianças pré-escolares com TDAH, tais como o tempo de inicio da terapia farmacológica e quais os medicamentos que devem ser usados.

Por exemplo, alguns médicos começam o uso de medicação demasiado cedo - antes de tentar qualquer outro tratamento não farmacológico, tal como aconselhar os pais sobre a forma como devem lidar com o comportamento do seu filho. Os resultados são preocupantes porque os médicos deveriam recomendar tratamentos de comportamento em primeiro lugar, disseram os pesquisadores. 


"Numa altura em que existem preocupações públicas e profissionais sobre o excesso de medicação em crianças com TDAH, parece que muitos especialistas estão a recomendar a medicação como parte do seu plano de tratamento inicial para estas crianças", disse o pesquisador Jaeah Chung, do Centro Médico Cohen, em Nova Iorque.

Os pesquisadores entrevistaram 560 médicos que se especializam no diagnóstico e gestão de crianças dos 4 aos 6 com TDAH. Os resultados mostraram que apenas 8% dos médicos seguiu todas as orientações da Academia Americana de Pediatria (AAP) - Os demais prescreveram medicamentos demasiado cedo, e sem primeiro verificar se a terapia de comportamento estava a funcionar, ou não usaram o medicamento metilfenidato como principal fármaco no tratamento.

Um em cada cinco médicos disse que muitas vezes prescreveu medicamentos como tratamento inicial. A AAP disse em 2011 que os médicos devem tentar tratar o TDAH em crianças pré-escolares com terapias comportamentais, antes de prescrever medicamentos. De igual forma, cerca de 20% dos médicos disseram que esperavam que o número de crianças a ser tratada com medicamentos iria aumentar no futuro.

Tal pode acontecer devido à ocorrência de obstáculos ao fornecimento de terapias comportamentais, nomeadamente o facto do tratamento nem sempre estar coberto pelo seguro, e as famílias podem viver numa área sem um especialista que fornece terapia comportamental,  dizem os pesquisadores.


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