Queimadura elétrica causa catarata em forma de estrela a homem

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Queimadura elétrica causa catarata em forma de estrela a homem
Um electricista de 42 anos, na Califórnia, EUA, desenvolveu cataratas em forma de estrela nos seus olhos depois de um grave acidente de trabalho que envolveu eletricidade, de acordo com um novo relatório do caso.

O ombro esquerdo do homem entrou em contato com 14 mil volts de eletricidade e uma corrente elétrica passou por todo o seu corpo, incluindo o nervo óptico - o nervo que conecta a parte traseira do olho ao cérebro.

"O nervo óptico é semelhante a qualquer fio que conduz eletricidade", disse Bobby Korn, um professor associado de oftalmologia clínica na Universidade da Califórnia, que tratou o paciente. "Neste caso, a extrema tensão que passou por este fio natural, causou danos ao nervo óptico".

Quatro semanas após o acidente, Korn avaliou o paciente, que estava a passar por problemas de visão. Um exame mostrou que o homem tinha "impressionantes cataratas em ambos os olhos, em forma de estrela", disse Korn. A catarata é uma opacificação do cristalino no olho.

A razão pela qual as cataratas assumem por vezes a forma de estrela não é totalmente compreendida. Em estudos com animais, os danos de eletricidade na lente do olho aparecem inicialmente como pequenas bolhas chamados vacúolos na parte externa da lente. 

Essas bolhas, em seguida, unem-se para formar uma catarata em forma de estrela. Quatro meses após o acidente, o homem passou por uma cirurgia para remover as cataratas e implantar uma nova lente, e a sua visão melhorou um pouco após a operação, afirma Korn. 

No entanto, os danos ao seu nervo óptico ainda limitam a visão do homem. Korn explicou que o olho é como uma câmera: se a lente estiver danificada, pode ser substituída por uma novo, mas se o "filme" danificar - nesse caso, o nervo óptico e a retina - nunca mais se tem uma boa imagem.

Agora, 10 anos depois, o homem ainda tem a visão diminuída em ambos os olhos, mas é capaz de andar de transportes públicos e ter aulas numa faculdade usando assistência, disse Korn. O caso do homem é relatado na edição de hoje (23 de janeiro) do New England Journal of Medicine. [Livescience]
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