Cientistas criam plástico que se auto-repara como o sangue (com video)

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Cientistas criam plástico que se auto-repara como o sangue
Cientistas criaram um novo plástico que se cura através de líquido a escorrer, que pode solidificar para preencher automaticamente buracos e rachaduras, exatamente como os coágulos de sangue reparam feridas.

No passado, já houve bio-materiais que poderiam imitar a cura de rachaduras microscópicas, incluindo as feitas por Scott White, da Universidade de Illinois, que também é responsável por este novo plástico.

Desta vez, porém, ele desenvolveu um plástico que está alinhado com uma espécie de sistema vascular artificial, semelhante às veias e artérias que levam o sangue ao redor do corpo humano, podendo reparar rupturas muito maiores.

Os cientistas criaram dois líquidos, um contendo moléculas longas e o outro finas. Quando os fluidos se misturam, eles reagem, unindo-se para criar um andaime e formando um gel espesso. A aspersão de outros ingredientes na mistura faz o gel endurecer ao longo de algumas horas.

Assim, quando o plástico é fracturado, o sistema vascular é danificado e os dois líquidos vazam, misturando-se e formando o gel restaurador. No teste, o sistema foi capaz de preencher um buraco de 4 milímetros, e rachaduras com 35 milímetros em 20 minutos.



De igual forma, endureceu em cerca de 3 horas. O patch era cerca de 60 por cento tão forte como o plástico, não tão forte como o original, mas apesar de tudo era muito bom. A pesquisa foi publicada na revista Science.

Os pesquisadores calculam que, onde há necessidade de tal capacidade, será possível a criação de grandes folhas de plástico com canais que se cruzam, de modo a que as estruturas inteiras possam recuperar de danos.

A equipe vê essas estruturas ainda remotas como críticas na segurança e fiáveis na sua aplicação em naves espaciais, por exemplo, ou equipamento de perfuração em poços profundos. Por enquanto, porém, ainda há espaço para melhorias.

De fato, furos maiores do que 8 milímetros não preenchem corretamente, já que o gel cai antes de endureçar. Os pesquisadores que desenvolveram esta técnica esperam conseguir trocar o gel por espuma de forma a resolver esse problema. [Gizmodo]
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