O que é o G8?

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O que é o G8?

A Rússia foi indefinidamente suspensa do grupo de países conhecido como G8, um consórcio de oito das maiores economias do mundo.


O movimento para expulsar a Rússia, anunciado ontem (24 de março), resultou da anexação da Crimeia pela Rússia, anteriormente parte da Ucrânia. O ato de agressão militar foi amplamente condenado nos círculos diplomáticos internacionais.

O G8 - que, por enquanto, pode ser referido como o G7 - surgiu na década de 1970, quando o mundo estava a sofrer com o impacto do embargo do petróleo da OPEP e outras questões económicas.

História do G8


Inicialmente, o grupo ficou conhecido como o Grupo dos Seis, ou G6, uma vez que incluía apenas a França, a Alemanha Ocidental, a Itália, o Japão, o Reino Unido e os Estados Unidos. Em 1976, o Canadá juntou-se ao grupo, tornando-se conhecido como o Grupo dos Sete ou G7.

Na sua forma mais primitiva, o grupo incluiu apenas os ministros das finanças, ou seus equivalentes, das sete nações, mas pouco depois passou também a incluir os chefes de Estado de cada país.

Países que constituem o G8


O grupo reúne-se anualmente e os convidados de outros países e entidades (como a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial), participam muitas vezes da reunião anual do G8.

Após a queda da União Soviética em 1991, o presidente russo, Boris Yeltsin foi convidado a participar na Cimeira do G7, como observador, em 1998 - num movimento destinado a acabar definitivamente com a Guerra Fria - a Rússia conseguiu a plena adesão, criando o G8.

Como funciona o G8?


Ao contrário das Nações Unidas ou de outras organizações internacionais, o G8 é um grupo relativamente informal - não tem administração permanente, não tem funcionários e não tem sede física.

Anualmente, a presidência do G8 desloca-se para outro líder, de acordo com uma ordem específica (Alemanha, Japão, etc., etc.) O presidente planeia e abriga uma série de reuniões, incluindo a reunião anual do G8 que ocorre a meio do ano num local dentro do país de acolhimento.

Era esperado que a Rússia fosse a sede da Cimeria do G8 de 2014, em Sochi (local dos Jogos Olímpicos de Inverno), mas a reunião irá agora ter lugar entre junho e agosto, em Bruxelas, na Bélgica.

O que faz o G8?


Não muito, de acordo com os líderes russos, que já minimizaram a sua expulsão do G8. "O G8 é um clube informal, sem filiação formal, de modo que ninguém pode ser expulso. Se os nossos parceiros ocidentais acreditam que esse formato não é mais necessário, que assim seja", disse o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, citado pelo The Guardian.

"Nós não estamos agarrados a esse formato e não vamos ver um grande problema se não houver tais reuniões durante um ano", acrescentou

Outros observadores notam, contudo, que o G8 é fundamental para abordar uma ampla gama de questões internacionais, que vão desde a atividade económica ao aquecimento global e ao terrorismo. [Política é fundamental para evitar catástrofe do aquecimento global]

Os críticos, no entanto, são rápidos a acusar o G8 de ser um anacronismo ocidental centrado que não reflete a realidade da economia global de hoje.

Quem não está no G8?


A Rússia junta-se agora a uma série de outras potências económicas globais que não estão incluídas no G8. Brasil, Índia, China, México e África do Sul são por vezes referido como os "Outreach Five", ou O5, já que são frequentemente convidados para reuniões e cimeiras como observadores.

O G20, um grupo de autoridades financeiras das 20 das maiores economias mundiais, representa com mais precisão a economia global interconectada e inclui Argentina, Brasil, Austrália, África do Sul, Índia, Arábia Saudita e outras nações.

Países que constituem o G20


Juntos, o G20 representa cerca de 85 por cento da produção do produto bruto mundial. Apesar das críticas de que o G8 tenha perdido a sua utilidade, representa, no entanto, cerca de 60 por cento da produção do produto bruto mundial, quase três quartos da despesa militar do mundo e quase todas as armas nucleares. [Livescience]

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